Assisti ontem ao filme Distrito 9, do diretor e produtor Peter Jasckson. Um clássico. Ao terminar o filme, fiquei com aquela vontade doente de poder compartilhar com alguém cada cena e acreditem, é incasável. Por trás de todos os efeitos especiais, existe uma causa, uma razão social. Especialmente se passando em Johanesburgo, África do Sul. Existe uma comparação clara e precisa entre ao racismo, com os ET's isolados e fadados ao descaso e morte, em um canto da cidade. Claro, falo negros por se passar em Johanesbirgo, mas troque a figura do alienígena por palestinos, judeus, enfim, qualquer etnia que sofra perseguição, e você terá uma realidade bem próxima ao Distrito 9.
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Distrito 9 |
Antes de falar sobre o filme, vou falar um pouco sobre o que pesquisei do roteiro. Distrito 9 é baseado em um curta-metragem (por Neill Blokamp), chamado Alive in Joburg, que conta uma historinha bem parecida com a do filme: uma nave cheia de alienígenas que estacionou no céu, fixando morada por três longos meses. Daí a idéia do filme. Peter (o grande) Jackson se apaixonou tanto pela história do Neill, que resolveu tirar alguns milhões do seu próprio bolso para bancar o filme. Pasmen! Enfim. Agora que já entendemos como surgiu a idéia da história, vamos falar um pouco sobre o filme (podendo conter SPOILERS). Em primeiro lugar, este não é um filme para crianças. O filme é violento pra caramba, tem cenas muito fortes, mas incansáveis como já falei. Ele é narrado como se fosse um noticiário, como se um documentário estivesse sendo gravado (e está) sobre a evacuação que acontecerá naquele dia (enredo principal do filme).
Distrito 9, é o nome da favela onde os ET's foram abrigados e obrigados a sobreviver. Os problemas começam quando os aliens se recusam a deixar o planeta e o governo obriga a sua mudança para um outro distrito. O Distrito 10.
Um funcionário público, responsável pelo despejo dos "camarões", entra em contato com uma solução líquida muito tóxica então...shit happens!
O mais fascinante em Distrito 9 é que, por ser narrado como um fato real através do mockumentary - um documentário falso - o espectador tem a sensação de que tudo aquilo está acontecendo de verdade. Até as imagens lembram plantões de notícias.
O tal líquido tóxico na verdade é um vírus, e o servidor público infectado, acaba se tornando um aliado dos camarões.
O fantástico neste filme, foi o uso de uma alegoria óbvia, dolorida, que esfrega na sua cara, a forma subumana como estes alienígenas são tratados, levando a crer que eles eram apenas isso - criaturas horríveis - que não têm nada a ver com o homem. Aos poucos estas ciraturas ganham personalidade, sentimentos, enfim. Ao final do filme, o espectador consciente, entra em desespero e vergonha por pertencer a esta espécie. E não é a alienígena a que me refiro.
O filme épico, diferente de todos os clichês sci-fi dos últimos tempos, me lembrou muito, muito mesmo, a melhor fase de Arquivo X. Vale conferir. Para aqueles que gostam de filmes com temas sociais e para aqueles que, como eu, se ligam em efeitos especiais, fica a dica.
Aqui o Trailer oficial do Filme
Uau,deu até vontade de ver esse filme....nem sabia que ele existia,fico tão ligada nos antigos que esqueço os novos.Adorei seu blog ter um pouco de tudo,queria ter paciência de manter um assim,mas acho que já escrevi tantos blogs e os abandonei que dá pena de criar mais um filhotinho,hehehe.Bjkxzzzz.
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